Folha de Londrina Digital

OS ABSORVENTES NA ORDEM DO DIA E NOITE

A leitora Nina Cardoso escreve à Coluna sobre o veto do presidente ao projeto que visa oferecer absorventes às mulheres que não podem pagá-los. Diz ela que o dinheiro do SUS não pode ser utilizado, porque absorvente não é remédio ou insumo médico. O Fundo Penitenciário até poderia ajudar, mas seria apenas para as detentas e não para todas. Se querem mesmo que o projeto seja aprovado é só refazê-lo, indicando corretamente, de onde virão os recursos para tal. Quem tem que fazer isso são os parlamentares proponentes, não o presidente. Se ele fizer, pode incorrer em “responsabilidade fiscal” (que é o que os adversários querem). Afirma Nina que há absorventes no mercado até por R$ 2, R$ 3 o pacote. É claro que não são os top de linha, que custam R$20 ou até mais por um pacote, que são fabricados pelas grandes empresas. Os mais baratos são de pequenas empresas, muitas vezes locais, que nem condições têm de anunciar seus produtos, mas que são bons. Nina Cardoso afirma que a deputada que encabeçou o projeto teve sua candidatura patrocinada - legalmente, pelo que se sabe - por uma pessoa que é um dos donos de uma das maiores fabricantes de absorventes. Eu não acredito em coincidências nem em acasos. Amiga Nina, nossa leitora assídua: este Colunista sugeriu que o governo use um pouco da verba arrecadada pela loteria Mega-sena, da Caixa, pelo menos por 5 meses, dinheiro que não fará falta para o esporte, que até agora foi muito bem atendido pela Caixa, em nome do Governo Bolsonaro.

Gente

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2021-10-16T07:00:00.0000000Z

2021-10-16T07:00:00.0000000Z

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