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Contadores de histórias vão das escolas às bibliotecas

Além das atividades nas escolas, programação do 11º ECOH também conta ainda com atividades abertas ao público até a próxima sexta-feira (19)

Marcos Roman

O 11º Encontro de Contadores de Histórias de Londrina (Ecoh) chega a sua segunda e última semana de apresentações promovendo mais de 20 atividades em diversas regiões do município. Até a próxima sexta-feira (19), alunos de nove escolas da rede pública de ensino receberão a visita de narradores do projeto. A programação conta ainda com duas apresentações na escola social Cesomar, uma no Iles (Instituto Londrinense de Educação de Surdos) e outra no Instituto Roberto Miranda – Escola para Cegos. Outras cinco contações abertas ao público serão realizadas em bibliotecas da cidade e na sede do Sesc Cadeião Cultural.

Nesta terça-feira (16), às 10 horas, a contadora de história londrinense Gilza Santos fará a narração de “Passarinhas Moçambicanas”, na Biblioteca do CEU - Centro de Artes e Esportes Unificados do Jardim Santa Rita (zona oeste), e às 14h30 na Biblioteca Municipal Eugenia Monfranati do Parque Ouro Branco (zona sul). Na quarta-feira (17), às 14 horas, Natali Felix (Osasco, SP) narra “A Fiandeira Valente”, na Biblioteca Preta, localizada no Conjunto Aquiles Sthengel (zona norte). No site do festival - ecoh.art.br - é possível conferir a programação completa com horários, endereços e a sinopse de cada espetáculo.

Para Dani Fioruci, coordenadora pedagógica do ECOH, a contação de histórias neste momento dá uma contribuição importante para a readaptação das crianças depois do isolamento imposto pela pandemia. “Quando estamos reunidos para conhecer uma história, interagimos com ela, nos identificamos com as situações, nos sentimos acolhidos. É um sentimento de pertença. É um momento em que temos que nos manter presentes, atentos para ouvir o outro, uma experiência que ajuda na socialização”, avalia Dani que também é uma das narradoras mais experientes da cidade.

DIÁLOGOS

Camila Genaro, que vem de Santos (SP) para o ECOH Londrina afirma que a contação de histórias nas escolas é fundamental para abrir diálogos profundos, muito mais com perguntas do que respostas. “É na história, na brincadeira, que a gente se coloca no lugar do outro, que a gente aprende o que é tolerância, empatia.

Uma história ajuda a entender os conflitos da humanidade. Por meio das histórias as crianças percebem que os conflitos podem ser resolvidos. A partir de uma história a construímos narrativas coletivas e conseguimos mudar algumas narrativas que são cruéis”, destaca.

Ainda na quarta-feira, às 19h30, acontece Giuliano Tierno, de São Paulo, aborda o tema “Des-cansarmos em tempos de guerras: afirmar o conto, suspender o discurso”. A apresentação com bate-papo será realizada no Sesc Cadeião Cultural. A proposta é responder à pergunta: como os contos nos ajudam a nos curar do esgotamento?

Doutor em Artes, Tierno é sócio fundador d’A Casa Tombada, espaço cultural que oferece diversos cursos de formação e que durante a pandemia foi transferido de São Paulo para a cidade de Bragança Paulista no interior do estado. Ele é ainda idealizador, coordenador e professor do curso de pós-graduação lato sensu em Narração Artística; autor e organizador de livros sobre a temática da narração de histórias.

No site do festival é possível conferir a programação completa com horários, endereços

Folha

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2022-08-16T07:00:00.0000000Z

2022-08-16T07:00:00.0000000Z

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